Extraído a partir da polinização da flor da bracatinga por abelhas indígenas, esse mel de coloração escura tem um processo único que acontece apenas na altitude da serra catarinense e, por isso, é tão importante para a cultura e economia local. O mel negro é um tesouro que abraça o autocuidado com seus inúmeros nutrientes.

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Mel Negro

Fenômeno raro e belo da natureza.

A bracatinga (Mimosa scabrella) é uma árvore cuja floração ocorre entre meados de maio até setembro. As flores de bracatinga oferecem pólen em grande quantidade e néctar, cada flor secretando néctar por 3 dias durante o dia todo. Em dias de chuva ou com temperatura abaixo de 12º C, reduz-se a coleta pelas abelhas e por este motivo nem todo o néctar secretado é armazenado nas colônias.

Em 1987, foi observado que algumas colônias que continuaram trabalhando sob temperaturas de até 10º C, foram as que armazenaram mais mel na florada da bracatinga. A presença da bracatinga torna desnecessária a alimentação artificial das colônias de abelhas no inverno.

No início da floração, a abelha rainha estimulada pela entrada de néctar e pólen, reinicia a postura, tornando a colônia forte, no inverno (com mais de 80 mil abelhas). As operárias que nascem colhem néctar da mesma florada, permitindo o armazenamento de mel neste período e mantendo a colônia forte para a coleta de néctar na primavera. O mel de bracatinga é único, possuindo coloração escura e é um pouco menos adocicado.

ATIVOS

Açúcares: glicose; levulose (frutose); proteínas; água; diástases (amilase, invertase, catalase, peroxidase, lipase); sais minerais (Ca, Na, K, Mg, Fe, Cl, P, S, I, Mn, Si, Al, Cr, Li, Ti, Zn, etc.); ácidos orgânicos (málico, vínico, cítrico, lático, oxálico, glucônico), vitaminas (B1, B2, B6, B3, B5, E, K), quercetina, ácido cafeico e ácido clorogênico.